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O papel das mídias sociais na segurança alimentar

Espera-se que a população global atinja pelo menos 9 bilhões até o ano 2050, exigindo até 70% mais alimentos, e também exigindo sistemas de produção de alimentos e a cadeia alimentar totalmente sustentáveis. Este desafio é complicado por uma série de questões, incluindo o aumento da complexidade das cadeias de suprimento, restrições ambientais, um crescente envelhecimento populacional e mudanças na escolha e consumo de alimentos.

No entanto, avanços em ciência e tecnologia, como sequenciamento completo do genoma, empacotamento ativo, desenvolvimento de tecnologias de rastreamento, tecnologia da informação e análise de big data têm o potencial de ajudar a mitigar os desafios e atender às demandas, mas também criarão novos desafios.

Atualmente, novas tecnologias têm sido utilizadas para fornecer alimentos nutritivos e seguros, por isso as fontes de notícias devem estar cientes do potencial para gerar ou contribuir para a preocupação social. Por exemplo, se mais surtos e doenças transmitidas por alimentos são detectados por causa de um reforço no sistema de vigilância através da adoção e implementação de novas tecnologias, será importante que as fontes informem cuidadosamente ao público em geral que o risco não mudou, estava lá o tempo todo. O que mudou foi nossa capacidade de detectar e quantificar melhor o risco.

Além disso, é preocupante a expansão do papel dos influenciadores digitais, indivíduos (muitas vezes sem experiência em segurança alimentar ou ciência dos alimentos) comunicando sobre questões de segurança alimentar através das mídias sociais, influenciando significativamente a percepção pública da segurança alimentar.

Cuidados devem ser tomados, especialmente em domicílios de alto risco (onde habitam crianças, idosos e enfermos). Por exemplo, o público pode evitar alimentos irradiados por causa da percepção pública de que não são seguros; mesmo que seja provavelmente um produto mais seguro. Em contraste, os consumidores podem consumir leite cru e sucos não pasteurizados por causa da percepção de que estes são alimentos mais saudáveis.

Os benefícios das mídias sociais para a comunicação de risco de segurança alimentar incluem velocidade, acessibilidade e capacidade interativa ao aumentar a conscientização sobre uma determinada questão.  Porém, há uma necessidade urgente de melhorar a disseminação de informação confiável e estritamente cientifica ao consumidor em tempo útil, abrangendo todos os aspectos da cadeia alimentar, para criar confiança dentro da rede de partes interessadas. 

Referência: King, T., Cole, M., Farber, J. M., Eisenbrand, G., Zabaras, D., Fox, E. M., & Hill, J. P. (2017). Food safety for food security: Relationship between global megatrends and developments in food safety. Trends in Food Science & Technology68, 160-175.


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