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COMO AS VITAMINAS E OS MINERAIS ANTIOXIDANTES PODEM PROTEGER SUA SAÚDE?



Os pacientes obesos comumente possuem um desequilíbrio entre gordura, peso corporal, lipoproteínas e lipídios, o que interfere na suscetibilidade do organismo a lesões oxidativas devido ao aumento da produção de radicais livres (RL) (França et al., 2013).

Os antioxidantes agem inibindo a ação ou produção dos RL, e, ainda, favorecendo o reparo e reconstituição de estruturas afetadas. Eles podem ser de ação enzimática (glutationa peroxidase, glutationa-redutase, catalase e superóxido dismutase) ou não enzimática (vitaminas A, C e E, alguns minerais, como o cobre, o manganês, o selênio e o zinco; e compostos fenólicos), e sua origem pode ser endógena ou dietética (França et al., 2013; Tureck et al., 2017; Locateli et al., 2018).

O consumo de suplementos alimentares deve ser recomendado quando o indivíduo não consegue obter a quantidade adequada de nutrientes pela dieta. Tureck et al. (2017) avaliaram a ingestão de nutrientes antioxidantes pela população brasileira. Foram analisados os teores das vitaminas E, A e C, zinco, manganês, cobre e selênio de 188 itens alimentares, divididos em 12 grupos, conforme a forma habitual de consumo e sua relação com o estado nutricional. Os resultados demonstraram que a população estudada apresentou elevados percentuais de ingestão insuficiente de nutrientes antioxidantes, principalmente vitaminas.



O papel da suplementação de vitaminas e minerais para a prevenção da mortalidade ainda é controverso na literatura. Bjelakovic et al. (2015) realizaram revisão sistemática para avaliar os riscos e benefícios da suplementação de antioxidantes na prevenção da mortalidade de adultos. 78 estudos clínicos com 296.707 participantes foram incluídos com idade média de 63 anos (18 – 103 anos). O período de suplementação médio foi de 3 anos. Dentre os estudos com baixo risco de viés o uso dos suplementos β-caroteno e vitamina E estavam relacionados com o aumento da mortalidade, enquanto que a vitamina A, vitamina C e o selênio não aumentaram significativamente a mortalidade. Estes dados indicam a suplementação de β-caroteno e vitamina E devem ser indicadas com cautela. Jenkins et al. (2020) realizaram revisão sistemática e meta-análise de estudos clínicos randomizados controlados por placebo para determinar os efeitos da suplementação de selênio sozinha ou em combinação com outros antioxidantes no risco de doença cardiovascular, câncer ou mortalidade por todas as causas. Os resultados demonstram que houve um aumento significativo do risco de doença cardiovascular ou mortalidade por todas as causas quando o selênio estava ausente da formulação de antioxidantes associados utilizados por indivíduos saudáveis. Esses dados indicam que a inclusão do selênio na formulação de suplementos antioxidantes pode ser um fator importante para a manutenção da atividade antioxidante endógena.

As fontes alimentares principais desses antioxidantes são: Vitamina A: ovo, fígado, cenoura, mamão, vegetais verde escuros, leite e derivados. Vitamina E: carnes, ovo, azeite, oleaginosas, vegetais verde escuros. Vitamina C: limão, laranja, morango, pimentão. Zinco: frutos do mar e pescados, carne vermelha, cereais integrais, sementes, nozes e castanhas. Manganês: cereais integrais, leguminosas, nozes. Cobre: castanhas e sementes, fígado, leguminosas, frutos do mar. Selênio: peixes, leite, ovos, castanha do Pará, castanha de caju.


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BJELAKOVIC, Goran et al. Antioxidant supplements for prevention of mortality in healthy participants and patients with various diseases. Sao Paulo Medical Journal, v. 133, n. 2, p. 164-165, 2015.

JENKINS, David JA et al. Selenium, antioxidants, cardiovascular disease, and all-cause mortality: a systematic review and meta-analysis of randomized controlled trials. The American Journal of Clinical Nutrition, v. 112, n. 6, p. 1642-1652, 2020.

LOCATELI, G. et al. Fontes dietéticas de antioxidantes consumidas pela população brasileira: Inquérito Nacional de Alimentação 2008-2009. BRASPEN, v.33, n.3, p. 238-47, 2018.

TURECK, Camila et al. Avaliação da ingestão de nutrientes antioxidantes pela população brasileira e sua relação com o estado nutricional. Revista Brasileira de Epidemiologia, v. 20, p. 30-42, 2017.

FRANÇA, Bruna Karoline et al. Peroxidação lipídica e obesidade: Métodos para aferição do estresse oxidativo em obesos.GE jornal português de gastrenterologia, v. 20, n. 5, p. 199-206, 2013.

 
 
 

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